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A insustentabilidade da obsolescência programada

A insustentabilidade da obsolescência programada

A obsolescência programada é uma das principais vilãs do consumo excessivo e do aumento da geração de resíduos, já que seu lema é comprar um produto, jogar fora e comprar outro novo no lugar.

Por certo você já vivenciou uma experiência de ter um aparelho eletrônico ou elétrico que estragou logo depois de ter passado o período da garantia concedida pelo fabricante e o preço do conserto ser quase igual ao de um produto novo. 

Ou já se frustrou por ter comprado um celular de última geração e pouco tempo depois ser lançado no mercado um dispositivo ultra moderno com funções que o seu aparelho não permite. 

Se você se situou em uma ou nas duas situações e pensou que tudo se tratou de simples coincidência, saiba que não foi, o fabricante planejou isso.

Estamos falando da obsolescência planejada ou programada, que, além de causar prejuízos ao bolso do consumidor, também impacta negativamente no meio ambiente.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e confira.

O que é a obsolescência programada e como ela surgiu?

Obsolescência é um termo derivado da palavra obsoleto, que significa ultrapassado, fora de moda ou que não se usa mais.

Obsolescência programada ou planejada pode ser definida como uma técnica, consciente e proposital, utilizada pelos fabricantes dos diversos segmentos para projetar, produzir, distribuir e vender um produto para consumo programando a sua durabilidade.

Ou seja, trata-se de uma estratégia usada pela empresa em fabricar o produto já estabelecendo o fim da sua vida útil (geralmente um curto espaço de tempo) para torná-lo obsoleto no mercado ou sem funcionalidade para o consumidor.

Qual o seu objetivo? Forçar a compra de uma nova geração do seu produto.

O resultado dessa ação é:

  • inconscientemente, maior consumo por parte da população, 
  • mais produção industrial, visando elevação das vendas e lucros,
  • mais materiais sendo descartados e aumento significativo da geração de resíduos.

O surgimento da obsolescência programada

É comum pensar que essa estratégia está associada ao processo de globalização, mas a ideia original surgiu há quase um século. 

No começo dos anos 1920 aconteceu o surgimento da produção em massa de produtos, dando origem também à sociedade de consumo, já que os preços baixaram e as pessoas sentiam prazer em comprar.

Em 1928, a revista americana Printers’ Ink já advertia em suas páginas que: um produto que não se desgasta é uma tragédia para os negócios, jargão que virou lema entre economistas e empresários da época.

O auge para a obsolescência programada foi a crise econômica de 1929, que ficou conhecida como a Grande Depressão, a maior na história dos Estados Unidos e atingiu todo o capitalismo internacional.

Durante o período, muitos fabricantes começaram a ficar com seus estoques repletos de produtos que não eram comercializados, fato que reduziu os lucros das empresas e aumentou o desemprego.

Nesse cenário, a conclusão foi que produtos duráveis não eram economicamente viáveis, porque vendiam menos. Assim, as empresas começaram a reduzir a vida útil de suas mercadorias, provocando no consumidor a necessidade de uma nova compra.

Quais são os principais produtos afetados por essa prática?

A indústria da moda é um bom exemplo de obsolescência programada, afinal, ela torna todos os itens das coleções anteriores praticamente ultrapassados, sendo uma das principais vilãs do meio ambiente, pelos resíduos que gera.

Além dos elementos que envolvem a moda, como calçados, roupas e acessórios, figuram na lista dos principais produtos afetados pela obsolescência planejada os seguintes itens:

  • brinquedos,
  • computadores,
  • notebooks,
  • celulares,
  • eletrodomésticos,
  • automóveis.

Conheça os diferentes tipos de obsolescência programada

Nas estratégias aplicadas pelas empresas para fazerem seus consumidores estarem sempre desejosos ou necessitados de comprar novos produtos, existem diferentes tipos de obsolescências programadas.

Conheça os principais:

Obsolescência sistêmica: um exemplo bem comum da obsolescência sistêmica é quando o sistema operacional do notebook, computador ou celular é alterado, impactando no uso normal do equipamento no dia a dia.

Funcional: é quando os fabricantes lançam no mercado uma nova versão do produto em substituição a anterior. 

Perceptiva: também chamada de obsolescência psicológica, pode ocorrer, por exemplo, quando os smartphones, roupas e veículos, entre outros produtos, ganham novos designs, fazendo com que o atual modelo se torne ultrapassado, apesar de estar em perfeito estado de uso. 

Datada: acontece quando os produtos são programados para deixarem de funcionar após determinada data, situação que força a compra de um novo para substituição.

Legal: é quando o produto é proibido por medidas legais. Isso pode acontecer, por exemplo, com um brinquedo que causou riscos e foi retirado de circulação do mercado, sendo substituído por um novo, mais seguro e melhor

Obsolescência programada x Meio ambiente

Independentemente do tipo de obsolescência programada, a prática impacta negativamente no meio ambiente.

Primeiro, ela contribui para um consumo excessivo e desnecessário, levando a produção excessiva, que por sua vez levará a exploração desequilibrada de recursos naturais e o aumento das emissões de gases de efeito estufa.

Sem contar o aumento significativo na geração de resíduos que, na maioria das vezes, são descartados indevidamente, agredindo todo o ecossistema.

O Portal da Green Eletron, organização sem fins lucrativos, traz dados de uma pesquisa realizada pelo E-Waste Monitor, indicando que a previsão é de que em 2030 sejam descartadas 74 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo. 

Essa fonte informa que só no Brasil são produzidas em torno de 1,5 milhão de toneladas desses resíduos anualmente.

A justificativa para isso é a curta vida útil dos produtos, o consumo excessivo por parte da sociedade e o aumento na produção industrial dos variados setores do mercado mundial, visando sempre vender mais.

Alternativas para minimizar os impactos causados pela obsolescência programada

Antes de falarmos das alternativas para minimizar os impactos causados pela obsolescência programada, é importante destacar que a Espanha sedia um movimento chamado Sem Obsolescência Programada (SOP), fundado pelo empresário Benito Muros.

Para o seu fundador, o SOP tem três objetivos básicos, que são:

  • difundir o que é a obsolescência programada e como essa prática afeta a sociedade e o meio ambiente,
  • Buscar colocar no mercado mais produtos duráveis, objetivando forçar a competição,
  • Tentar unir todos os movimentos sociais visando mudar o modelo econômico atual.

Segundo matéria publicada na Revista Época Negócios, em julho de 2023, o Parlamento europeu aprovou novas regras visando tornar os aparelhos celulares mais sustentáveis, duráveis e com melhor desempenho. 

A nova legislação prevê que os aparelhos tenham baterias facilmente acessadas, que seus usuários consigam substituí-las e que os celulares durem pelo menos sete anos, depois do modelo sair de linha.

Enquanto caminhamos para adotar medidas legais que visem exigir dos fabricantes produtos mais duráveis, uma alternativa para reduzir os impactos ambientais da obsolescência programada é promover e incentivar a economia circular e o desenvolvimento sustentável.

Lembrando que o conceito envolve todas as etapas de produção e uso do produto, que vai desde a extração das matérias-primas, até o processo de produção, distribuição, consumo e descarte, além do reúso e reciclagem, quando de fato não tiver mais utilidade.

Outra alternativa de ajudar a evitar os impactos ambientais da obsolescência programada é o fabricante estimular e promover a logística reversa, começando por educar seus colaboradores e consumidores.

Da mesma forma que é preciso promover ações que visem educar a sociedade ao consumo consciente.

Agora que você conheceu os impactos sociais e ambientais causados pela obsolescência programada, que tal continuar a leitura para saber mais sobre a economia circular?

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