O transporte de resíduos é parte fundamental de um gerenciamento responsável desses materiais por parte de uma empresa ou comércio.
Processos produtivos de indústrias, por exemplo, podem gerar uma grande quantidade de lixo, que deve ser destinado corretamente para evitar danos ambientais e também prejuízos à própria empresa.
Afinal, há uma legislação a ser seguida e normas estabelecidas para conduzir cada procedimento referente ao gerenciamento do lixo gerado no dia a dia de um estabelecimento.
Com a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), uma série de normas foram instituídas de modo a reduzir o impacto ambiental causado pela atividade de instituições, o que inclui também a maneira correta de transportar os materiais descartados.
Neste post, falaremos sobre como é realizado o transporte de resíduos e contamos tudo que você precisa saber para estar por dentro da legislação. Confira!
Legislação e normas sobre o processo
A criação de uma legislação que guie a gestão de resíduos por parte das empresas foi uma necessidade gerada pela grande quantidade de luxo produzida no Brasil.
Dados do Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos do Brasil mostram que o país chega a gerar 82 milhões de toneladas de lixo ao ano, enquanto apenas 2% desse conjunto é reciclado.
Informações como essa são alarmantes e motivam a elaboração de leis que tem como objetivo a responsabilização de empresas e instituições pelo lixo que geram, de modo que garantam uma destinação adequada a esses materiais.
Nesse sentido, em 2010, foi criada a PNRS, através da Lei nº 12.305, que regulamenta uma série de procedimentos a serem realizados pelas organizações para que suas atividades tenham menos impactos ambientais negativos.
No entanto, há ainda outras normas que devem ser conhecidas por estabelecimentos que se responsabilizam pela produção de lixo em seu dia a dia de trabalho, incluindo diretrizes voltadas para um transporte de resíduos adequado.
Um exemplo é a NBR 1322, que determina os procedimentos gerais para o transporte de resíduos sólidos não perigosos.
Trata-se de uma norma que estabelece alguns pontos gerais, como a necessidade de equipamentos adequados e seguros para a realização dessa atividade, que estejam em bom estado e sejam apropriados para a classificação dos resíduos que transportam.
A NBR 7500, por outro lado, trata do procedimento adequado para o transporte de materiais por via terrestre, abordando aspectos relevantes acerca dos veículos escolhidos para a função, identificações, especificações, condutor e tipo de transporte.
A norma determina também que os materiais transportados devem estar corretamente identificados, para evitar erros de manuseio durante o processo.
Dessa maneira, a legislação que regulamenta o processo de transporte de resíduos deve ser conhecida para que sejam evitados problemas legais para as instituições responsáveis pelo serviço, bem como as empresas responsáveis pela produção dos materiais.
Assim, é possível garantir a segurança do meio ambiente, da população e dos trabalhadores que atuam no manuseio desses resíduos.
Processo de transporte de resíduos
Além de conhecer as normas que regulamentam o processo de transporte de resíduos, de modo geral, é essencial que sejam seguidas também as diretrizes específicas para cada tipo de material a ser destinado.
Resíduos sólidos
Como determinado anteriormente, é fundamental que os resíduos sólidos sejam transportados com o auxílio de equipamentos adequados para esse serviço e também que a tarefa seja executada por profissionais capacitados.
Ainda que a prefeitura de um município ofereça o serviço de coleta e transporte de lixo à população, esse serviço costuma estar limitado aos espaços residenciais.
Nesse sentido, cabe às instituições procurarem por uma empresa especializada no serviço, que atue conforme a legislação vigente e ofereça um transporte seguro e responsável aos seus resíduos.
Resíduos industriais
Ao lidar com resíduos de natureza industrial, é preciso não apenas seguir a legislação apresentada, mas também apresentar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), que deve ser elaborado pela empresa responsável por descartar os materiais.
O documento inclui diversos pontos, como a descrição do próprio empreendimento, definição dos procedimentos operacionais relativos ao gerenciamento dos materiais e a classificação dos resíduos gerados pelos processos produtivos da indústria, podendo ser categorizados como perigosos, inertes ou não inertes.
Assim, o transporte de resíduos deverá ser mencionado no PGRS, tendo em vista sua participação fundamental no processo de gestão responsável do lixo gerado no ambiente da instituição.
Resíduos perigosos
Os resíduos perigosos demandam ainda mais cautela durante seu transporte, uma vez que um manuseio incorreto pode gerar a contaminação de outros objetos e até mesmo dos profissionais responsáveis pelo serviço, como no caso do descarte de resíduos de saúde.
Nesse sentido, é preciso que a carga transportada seja sempre checada com atenção, garantindo a integridade de lacres, válvulas, vedações, conexões e mecanismos de contenção do equipamento utilizado.
Além disso, é recomendado que as rotas percorridas durante o trajeto também sejam verificadas, de modo que seja possível contornar quaisquer adversidades e escolher o percurso mais seguro, ágil e eficiente para levar a carga ao seu destino.
O que considerar ao contratar uma transportadora de resíduos?
Embora ocorra a contratação de uma empresa do ramo para realizar o transporte de resíduos, é importante ressaltar que o estabelecimento que gera os materiais tem responsabilidade sobre eles até que cheguem à sua destinação final.
Assim, escolher uma empresa de confiança para efetuar esse serviço é fundamental, tanto para evitar situações que prejudiquem o meio ambiente quanto para garantir a segurança e tranquilidade de um negócio.
Nesse sentido, ao contratar uma transportadora de resíduos, é importante verificar se suas atividades seguem as legislações vigentes e se seus equipamentos são adequados para executar essa tarefa.
Para isso, é possível verificar sua atuação prévia com outras instituições, procurando se informar a respeito da credibilidade do empreendimento.
Além disso, é importante garantir que a transportadora escolhida seja capaz de atender às demandas do seu negócio, verificando a disponibilidade de equipamentos e também da equipe de profissionais da organização.
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