Os resíduos classe I precisam de uma atenção especial para sua manipulação e descarte.
Antes de entrarmos nos detalhes desse processo, é importante destacar que vivemos momentos difíceis com relação ao tratamento de lixo, ou seja, dos resíduos domésticos e dos gerados pelas empresas.
Independente da classe do material que precisa ser descartado, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 40% dos resíduos gerados em nosso país acabam de forma inadequada, tendo por destino os aterros de qualidade duvidosa e lixões a céu aberto.
Isso significa que poderíamos encher, todos os anos, 765 estádios do Maracanã, sem considerar os resíduos que não são recolhidos e descartados no meio ambiente.
E como resultado dessas ações há:
- aumento da poluição,
- obstrução de vias públicas,
- alagamentos e inundações,
- prejuízos no segmento de turismo,
- desperdício de recursos públicos,
- acidentes,
- doenças, etc.
Infelizmente, essa situação persiste ao longo dos anos em função da falta de ações mais concretas por parte do poder público, pouca conscientização da população e do compromisso por parte de muitas empresas que não dão a devida atenção a esse importante assunto.
Apesar da legislação vigente no Brasil, os problemas persistem e a situação torna-se ainda mais grave quando se trata da manipulação e descarte dos resíduos classe I.
Neste post, apresentaremos detalhes sobre esse assunto e os cuidados que precisam ser tomados para o descarte correto desses materiais. Continue lendo e saiba mais a esse respeito!
O que são resíduos classe I?
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os resíduos classe I são todos os materiais que precisam receber um tratamento especial no processo de descarte, pois são considerados perigosos.
A norma NBR 10.004 define essa periculosidade, esclarecendo no item 3.2:
“periculosidade de um resíduo – característica apresentada por um resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar:
- risco a saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices,
- riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.”
O descarte desses materiais precisa receber uma atenção redobrada por parte do seu gerador, uma vez que os acidentes mais graves e de maior impacto ambiental envolvem exatamente os de classe I.
Além dos produtos considerados perigosos, a norma apresenta também a classe II, ou seja, todos os demais materiais que não se enquadram na primeira situação e que não fazem parte do contexto deste post.
Quais são as características dos resíduos de classe I?
A norma ABNT traz também as características dos resíduos de classe I, conforme apresentamos a seguir:
Corrosividade
Os produtos corrosivos são aqueles que possuem base pH menor ou igual a 2, ou maior, ou igual a 12,5.
São os materiais ácidos que corroem recipientes de metal, como, por exemplo:
- borras e resíduos ácidos,
- acumuladores elétricos à base de chumbo,
- resíduos de ácido carboxílicos,
- ácido sulfúrico,
- cromo,
- chumbo.
Inflamabilidade
Os produtos inflamáveis são aqueles que podem causar explosões e incêndios, pois são espontaneamente combustíveis ou possuem um ponto de inflamação inferior a 60 °C.
Como exemplo desses resíduos, são destaques:
- catalisadores gastos,
- acetona,
- acetato de etila,
- éter etílico,
- n-butanol,
- metanol,
- solventes,
- óleos.
Patogenicidade
Os materiais patogênicos são encontrados normalmente em hospitais, clínicas e ambientes que trabalham com seres vivos, onde são encontrados:
- microorganismos patogênicos,
- proteínas virais,
- plasmídios,
- cloroplastos,
- mitocôndrias,
- ácido desoxirribonucleico ou ribonucleico recombinantes,
- organismos geneticamente modificados,
- toxinas causadoras de doenças.
Reatividade
A reatividade ocorre em materiais que são instáveis em condições consideradas normais.
Reagem de forma imediata e violenta quando são comprimidos, aquecidos e até mesmo misturados com água, portanto passíveis de explosões.
Exemplos disso são o lodo industrial e soluções geradas a partir dos processos de galvanoplastia, o carvão utilizado em tratamento de efluentes líquidos que contém explosivos e baterias de lítio-enxofre.
Toxicidade
A toxicidade consiste em produtos que se ingeridos ou absorvidos pelo organismo causam sérios prejuízos e podem ser fatais.
Além disso, quando descartados no solo, é possível que ocorra uma contaminação das águas subterrâneas, comprometendo o meio ambiente. São exemplos de produtos tóxicos:
- solventes halogenados,
- lodo de tinta,
- fibras e pós de amianto,
- óleos lubrificantes,
- fluidos.
As lâmpadas com vapor de mercúrio, depois de utilizadas, são consideradas tóxicas, portanto, todo o cuidado precisa ser tomado para o seu descarte.
Como ocorre a coleta e o descarte de resíduos classe I?
O descarte de resíduos classe I precisam ser feitos com todo o cuidado e a partir de profissionais experientes que saibam exatamente como trabalhar com esses materiais.
A partir do laudo de classificação, um documento exigido pela legislação, é imprescindível que os resíduos sejam gerenciados e sofram processos com relação ao seu destino, através dos seguintes serviços:
- coprocessamento,
- incineração,
- armazenamento temporário,
- remediação ambiental.
O tratamento dos resíduos perigosos precisam obedecer aos regulamentos estabelecidos e devem possuir licença para o seu processamento.
Os profissionais que estarão tratando desse assunto precisam realizar o curso de Movimentação de Produtos Perigosos (MOPP), conhecer detalhadamente como funciona o armazenamento especial no processo de transporte e realizar o direcionamento dos materiais para aterros classe 1, ou seja, capacitados a receber esses produtos.
Como se observa, tratar desse tipo de resíduos exige uma estrutura adequada, capacitada e envolvendo diversos setores da operação do empreendimento.
Contar com uma empresa especializada no assunto, como o Grupo Alto Tietê, é a melhor opção para atender a legislação, contribuir de forma efetiva com o meio ambiente e proteger as pessoas de possíveis acidentes.
O Grupo Alto Tietê está instalado em uma área de 12 mil metros quadrados e faz parte de um grupo que trabalha nesse setor desde 1982.
Atendendo as normas exigidas por lei, a empresa mantém toda a sua documentação em dia, demonstrando responsabilidade e transparência com seus parceiros e clientes, além de um total comprometimento com o futuro das pessoas e do planeta.
Para isso, todas as normas e certificações são atendidas, conforme exigências dos seguintes órgãos:
- CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo),
- IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),
- ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres),
- Prefeitura de Jacareí/SP.
Como se observa, o gerenciamento de resíduos classe I exige conhecimento e experiência, portanto, vale a pena conhecer o Grupo Alto Tietê, uma empresa que possui no seu DNA os cuidados com a coleta e destinação dos recicláveis, bem como com a preservação do meio ambiente.
Agora que você conhece mais a respeito desse importante assunto, leia nosso post que apresenta o plano de gestão de resíduos industriais e seus objetivos!