O robô aspirador aquático é uma invenção recente que pode trazer grandes melhorias aos rios do nosso planeta.
A poluição da água é um dos grandes problemas ambientais enfrentados atualmente, já que muitos resíduos acabam indo parar no ambiente aquático, especialmente os plásticos e substâncias como o óleo.
Isso ocorre porque, infelizmente, nem todas as pessoas e empresas tomam os cuidados necessários para realizar um descarte adequado dos seus resíduos e, assim, fazem com que eles cheguem até a natureza.
Por esse motivo, medidas capazes de reverter esses danos são cada vez mais necessárias, para que possamos reduzir os impactos ambientais causados pelos seres humanos e garantir a preservação dos recursos naturais.
Que tal saber mais sobre essa solução inovadora que é o robô aspirador aquático? Continue a leitura e fique por dentro dessa novidade!
A criação do robô aspirador aquático
Cada vez mais empresas estão percebendo que a sustentabilidade é uma pauta urgente e muito vantajosa.
A mudança climática, por exemplo, tem deixado evidente a necessidade de encontrar soluções mais sustentáveis e tecnologias capazes de melhorar a maneira como nos relacionamos com o meio ambiente.
Acompanhando essa tendência, a startup holandesa RanMarine Technology deu início à criação do WasteShark, o robô aspirador aquático.
O aparelho também é chamado de “aquadrone” e consiste em uma inovação capaz de melhorar o estado em que se encontram os nossos rios, os quais são acometidos por altos níveis de poluição.
O propósito da startup, ao criar o aparelho, foi que o lixo descartado nos rios pudesse ser recolhido antes de chegar aos oceanos.
Uma curiosidade bastante interessante é que o formato do robô foi baseado no de um barco catamarã, que é inspirado na boca de um tubarão-baleia, o que mostra a atenção e o cuidado investidos em cada detalhe.
Essa iniciativa demonstra o quanto a tecnologia pode auxiliar na missão de criar um mundo mais sustentável, em que os recursos naturais sejam devidamente protegidos e preservados.
Além disso, essa criação também mostra que as empresas precisam tomar parte nessa causa, contribuindo com a invenção de soluções que possam beneficiar o meio ambiente e o nosso planeta.
Explore seu funcionamento sustentável
O cuidado e a responsabilidade envolvidos na criação do robô aspirador aquático vão muito além dos resultados que ele pode promover ao retirar o lixo dos rios.
Durante o desenvolvimento dessa solução, um dos cuidados tomados pela startup responsável foi o de que o aparelho não contribuísse de outras maneiras para a poluição do planeta.
Por esse motivo, o dispositivo funciona de forma totalmente elétrica, o que significa que não gera emissões poluentes, diferentemente de outros aparelhos aquáticos.
Assim, o robô funciona por meio de bateria, com duração de oito a dez horas. Ao atingir o ponto máximo, ele simplesmente retorna à costa, onde elimina o lixo coletado e recebe uma nova recarga.
Além disso, a poluição sonora e a visual também foram consideradas durante a sua elaboração, de modo que o WasteShark não produz ruídos ou projeções luminosas.
Outro ponto importante é que, durante a sua coleta, o robô também auxilia na coleta de dados para análise do estado em que a água se encontra. Dessa maneira, a empresa poderá avaliar se a poluição está diminuindo efetivamente.
O teste no Reino Unido
Como ocorre com toda invenção, o robô aspirador aquático teve que ser submetido a testes para confirmar sua eficácia.
Embora a startup responsável pelo projeto seja holandesa, as suas primeiras aplicações aconteceram no Reino Unido, em Canary Wharf, um complexo de edifícios comerciais localizado em Londres.
Com os resultados obtidos, foi possível confirmar que o aparelho é capaz de coletar uma grande quantidade de lixo plástico, mas também que a sua atuação pode auxiliar na coleta de microplásticos, óleos e outros tipos de resíduos.
A notícia foi bastante positiva, uma vez que os micropoluentes têm se tornado um problema cada vez mais grave, preocupando ambientalistas de todo o mundo.
Além disso, o sucesso do teste mostrou que essa inovação pode se tornar uma grande aliada de empresas que estão em busca de uma atuação mais sustentável e da redução de impactos ambientais causados pelos seus processos produtivos.
Leia também: O que são micropoluentes e quais são os seus impactos ambientais?
21 mil garrafas plásticas foram coletadas com o robô aspirador em 1 dia
Mas, afinal, qual é a capacidade do robô aspirador aquático?
De acordo com os testes realizados pela empresa responsável, o aparelho é capaz de remover até 21 mil garrafas plásticas por dia dos rios em que atua.
Isso equivale a cerca de 500 kg de detritos que podem ser retirados diariamente dos rios do nosso planeta, que se encontram altamente poluídos, principalmente com a presença de resíduos fabricados em plástico.
Dessa forma, em pouco tempo de atuação, o dispositivo pode causar um grande impacto sobre o estado em que se encontram esses corpos d’água, fazendo toda a diferença pela preservação dos recursos hídricos e da vida marinha nos oceanos.
Por isso, os resultados dessa iniciativa têm sido bastante impressionantes, apontando caminhos positivos para o cuidado com a saúde do nosso planeta.
Como essa tecnologia mudaria a realidade no Brasil?
A poluição de corpos d’água é uma realidade no mundo todo. Ou seja, o Brasil não está fora desse quadro preocupante.
Na verdade, muitos rios presentes no território nacional se encontram bastante poluídos.
A Resolução nº 430 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e a Portaria nº 888 do Ministério da Saúde, por exemplo, definem os padrões de lançamento de efluentes e os padrões de potabilidade da água, respectivamente.
Dessa maneira, ajudam a estabelecer parâmetros para a avaliação dos recursos hídricos no Brasil e o nível de poluição dos nossos rios.
Entre os mais poluídos, podemos mencionar:
- Rio Tietê, em São Paulo,
- Rio Iguaçu, no Paraná,
- Rio Ipojuca, em Pernambuco,
- Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul,
- Rio Gravataí, no Rio Grande do Sul.
O robô aspirador aquático poderia ser um grande aliado na limpeza desses corpos d’água, retirando tanto os resíduos sólidos presentes na água quanto outras substâncias poluentes.
Vale lembrar que, por meio de soluções eficientes, mas bastante complexas, diversos rios já foram recuperados e hoje se encontram muito menos poluídos do que no passado, como no caso do Rio Jundiaí, no Brasil.
Assim, a recuperação desses ambientes é uma importante medida para garantir a preservação dos recursos hídricos e evitar a poluição dos oceanos.
Quer saber mais sobre como as inovações tecnológicas podem ajudar a natureza? Continue por aqui e confira nosso post sobre inteligência artificial e sustentabilidade: a união perfeita para o meio ambiente!