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Tudo o que você precisa saber sobre reciclagem química de embalagens

Os resíduos que descartamos podem ganhar novos usos a partir de diferentes processos, como é o caso da reciclagem química.

O reaproveitamento dos materiais que descartamos diariamente, seja na vida doméstica, na rua ou nas grandes indústrias, pode ser realizado de diferentes maneiras, fazendo com que esses itens ganhem funções diferentes ao serem reinseridos na cadeia produtiva.

Enquanto alguns se tornam matéria-prima para novos produtos, há também aqueles que se tornam combustíveis para a produção. Assim, o resultado final do processo de reciclagem depende dos métodos utilizados para lidar com os resíduos.

Ao lidar com as embalagens, é preciso estar atento aos procedimentos mais efetivos para dar um novo uso a elas, evitando seu acúmulo nos aterros sanitários. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente, elas correspondem a um quinto do lixo gerado no Brasil, o que aponta para a importância de reciclar esse tipo de material. 

Para entender o que é a reciclagem química, como ela é feita e quais são seus benefícios, continue a leitura! 

O que é reciclagem química?

Quando falamos em reciclagem, de modo geral, estamos nos referindo ao processo de transformação do estado físico, químico ou biológico dos resíduos sólidos descartados pela população e pela indústria, para que ganhem novos usos.

Essa transformação pode ser realizada a partir de diferentes métodos, dando origem a diferentes tipos de reciclagem, como é o caso do método que utiliza procedimentos químicos para dar uma nova vida útil aos resíduos: a reciclagem química.

Trata-se de um método muito utilizado para reaproveitar os materiais plásticos, já que seus procedimentos permitem quebrar os polímeros em monômeros, moléculas menores que podem ser processadas e reutilizadas com mais facilidade. Esse processo é chamado de despolimerização.

Por isso, quando falamos em reciclagem química, é muito comum pensar na importância do reaproveitamento de embalagens, já que muitas delas ainda são fabricadas em plástico, mesmo que as possibilidades de embalagens biodegradáveis estejam aumentando e ganhando cada vez mais destaque no mercado.

Processos da reciclagem química

Como vimos, a reciclagem química consiste em um processo no qual o estado químico do material é transformado, para que possa ser utilizado novamente na cadeia produtiva, sendo bastante comum a realização da despolimerização do plástico. No entanto, existem diferentes métodos que podem ser aplicados para colocar esse tipo de reciclagem em prática. Conheça alguns deles:

Hidrogenação

Na hidrogenação, as cadeias poliméricas do resíduo plástico são quebradas, a partir de um método térmico que utiliza o oxigênio a seu favor. O processo resulta em radicais livres altamente reativos que, posteriormente, são saturados com hidrogênio, sendo um processo muito utilizado para reciclar resinas fenólicas, resinas melanínicas e poliéster insaturado. 

Ao final do procedimento, é possível utilizar o material hidrogenado como matéria-prima em refinarias.

Gaseificação

Como o próprio nome indica, o processo de gaseificação serve para produzir gases a partir da reciclagem química do plástico, dando origem a substâncias que podem ser aplicadas de diferentes maneiras, a exemplo da combustão em motores ou turbinas para a geração de energia elétrica.

Para isso, o método consiste na inserção de oxigênio para que ocorra a combustão do carbono contido na matéria, utilizando o processo de queima em elevadas temperaturas, que chegam a até 1000 °C.

Pirólise

Já na pirólise, a quebra das moléculas ocorre pela ação do calor na ausência de oxigênio, o que é feito em baixas ou altas temperaturas, a depender do objetivo do processo.

No primeiro caso, ocorre a despolimerização e formação de pequenas quantidades de gases leves, como o metano. No segundo, são gerados óleos e gases que, posteriormente, deverão ser purificados por outros métodos, geralmente utilizados na indústria petroquímica.

Quimólise

No caso da quimólise, por fim, são utilizadas substâncias como metano, água e glicol, que, quando aplicadas corretamente, promovem a quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros, permitindo que sejam utilizados em diferentes aplicações na indústria.

Quais os benefícios da reciclagem química de plásticos?

A reciclagem química das embalagens e dos plásticos, em geral, pode trazer uma série de benefícios, que fazem dela um dos melhores procedimentos para garantir um reaproveitamento efetivo desse tipo de resíduos sólidos. Confira alguma das vantagens que esse processo oferece:

Reduz a quantidade de resíduos

Dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022, estudo conduzido pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostram que a geração de resíduos plásticos nas cidades brasileiras foi de 13,7 milhões de toneladas em 2022.

Trata-se de um número bastante alto, especialmente quando nos deparamos com outras estatísticas divulgadas pela Abrelpe, a exemplo do índice de reciclagem de resíduos sólidos no Brasil, que é de apenas 4% dos materiais descartados no país.

Assim, quando pensamos na importância de processos como a reciclagem química, é preciso ter em mente a grande quantidade de resíduos que ainda são gerados no Brasil e que precisam, urgentemente, receber uma destinação correta, que permita sua reinserção na cadeia produtiva.

Reduz o desperdício de recursos não renováveis

Outro impacto gerado pelos baixos índices de reciclagem é a extração contínua de recursos naturais do meio ambiente, o que prejudica a vida em diversos ecossistemas e gera problemas ambientais severos, que impactam até mesmo a qualidade de vida dos seres humanos.

Assim, ao reaproveitar materiais que antes seriam descartados, é possível diminuir os índices de exploração dos recursos naturais, dando espaço aos resíduos para que se tornem matéria-prima dos processos produtivos.

Além disso, vale ressaltar que a energia gasta na produção a partir de matéria-prima reciclada é muito inferior, o que também tem impactos ambientais positivos, uma vez que ajuda a evitar o desperdício de recursos naturais envolvidos na geração de energia.

Reduz áreas de aterros sanitários

Por fim, é importante lembrar que os aterros sanitários são um importante avanço em relação aos lixões a céu aberto, que, infelizmente, ainda são uma realidade no Brasil, mas que esses aterros não consistem em uma solução para os problemas ambientais enfrentados pelo nosso planeta.

Esses espaços são destinados aos materiais que não podem ser reaproveitados e que, portanto, precisam ser depositados com segurança em algum local. No entanto, ao receberem resíduos que poderiam ser reciclados, os aterros sanitários passam a ocupar mais espaço, sendo utilizados para a destinação de materiais que poderiam ser reaproveitados.

Nesse sentido, a reciclagem é sempre a melhor saída e o caminho ideal para um gerenciamento responsável dos resíduos sólidos.

Para continuar se informando a respeito desse assunto, fique aqui no blog do Grupo Alto Tietê e confira nosso post sobre o que são resíduos classe I!

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