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As consequências da contaminação do solo

A contaminação do solo ameaça a biodiversidade e afeta diretamente a qualidade de vida das espécies, impactando, inclusive, na nossa saúde.

Um dos maiores desafios do mundo moderno é evoluir sem impactar o planeta. Enquanto o progresso é inevitável, o meio ambiente sofre degradações irreversíveis, seja pela expansão industrial, uso intensivo de recursos naturais, consumo exagerado e geração excessiva de resíduos.

A terra, um dos elementos naturais, é significativamente afetada pela degradação ambiental.

O solo desempenha um papel crucial em praticamente todos os ciclos naturais de vida na Terra. Afinal:

  • é um filtro natural das águas, purificando-a antes que elas cheguem nos aquíferos,
  • armazena carbono e contribui para o equilíbrio climático,
  • regula o ciclo de nutrientes e garante a fertilidade de plantas,
  • ajuda no combate ao aquecimento global,
  • serve de habitat para bilhões de organismos.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mais de 30% dos solos do planeta estão degradados por erosão, compactação e perda de matéria orgânica.

E aqui destacamos que os agentes contaminantes favorecem a erodibilidade da terra, da mesma forma que comprometem todo o ecossistema, inclusive a vida humana.

Além disso, o descarte inadequado de diversos materiais se transformou em uma questão global e uma preocupação mundial, especialmente no que tange à poluição e contaminação ambiental.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e confira.

Como a contaminação do solo ocorre? 

A atividade industrial é uma das principais causas da contaminação do solo. Componentes químicos, metais pesados, solventes e óleos, frequentemente liberados sem tratamento adequado, infiltram-se no solo, causando sua contaminação.

O setor agrícola também tem participação na contaminação da terra. O uso de agrotóxicos e fertilizantes pode alterar a composição do solo, matar microrganismos benéficos e contaminar lençóis freáticos. 

A monocultura intensiva, prática agrícola que cultiva uma única espécie em larga escala, degrada e compacta o solo devido ao uso excessivo de fertilizantes e pesticidas para maximizar a produção.

No entanto, a contaminação do solo é causada principalmente pelo lixo não tratado e descartado incorretamente, seja em lixões a céu aberto, aterros sanitários mal planejados ou através de queimas indevidas.

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024, elaborado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), estima-se que o Brasil gerou cerca de 81 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) em 2023.

Desse total, 28,7 milhões de toneladas foram encaminhadas para lixões e terrenos sem controle ambiental. 

Estima-se que em torno de 4,6 milhões de toneladas de RSU tenham sido queimadas ao ar livre e aproximadamente 161 mil toneladas desses materiais foram enterradas na propriedade do gerador.

Independentemente da forma, todo o resíduo descartado incorretamente é fonte de poluição e afeta o meio ambiente. 

Quais são as consequências da contaminação do solo?

Resíduos sólidos urbanos abrangem todos os materiais descartados originados de atividades humanas em áreas urbanas, como residências, estabelecimentos comerciais, serviços e espaços públicos, e são tipicamente categorizados em:

  • matéria orgânica, composta de restos de comida ou da sua preparação e limpeza, como folhas e pequenos galhos de jardim,
  • papel e papelão, inclui jornais, revistas, caixas e demais embalagens,
  • plásticos, garrafas, frascos, garrafões, etc,
  • metais, latas de aço e alumínio,
  • vidros diversos.

Quando descartados diretamente no solo, os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) representam graves ameaças de contaminação. Diversos poluentes presentes nos RSU podem se infiltrar nas camadas superficiais da terra, alcançando os lençóis freáticos.

O chorume, um líquido altamente poluente, é gerado pela decomposição de resíduos orgânicos descartados em lixões ou terrenos abertos sem tratamento. Ele contém metais pesados, gases como o metano e microrganismos patogênicos, que contaminam o solo, a água e o ar.

Muitos Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs) carregam consigo substâncias tóxicas, incluindo metais pesados, solventes, plásticos e diversos componentes químicos. Essas substâncias são capazes de se infiltrar nas camadas superficiais do solo, gerando sua contaminação. Tal poluição, por sua vez, compromete a fertilidade da terra e impacta negativamente a biodiversidade local.

A queima de Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs) libera substâncias tóxicas, como dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, que podem prejudicar a vegetação local e a saúde humana.

Outras consequências da má gestão de resíduos 

A contaminação do solo, resultado da má gestão de resíduos, acarreta graves consequências ambientais e prejuízos incalculáveis para todas as formas de vida ao redor.

Uma das consequências é a poluição da água. Substâncias como o chorume ou mesmo outros elementos tóxicos gerados pela decomposição dos materiais podem se infiltrar no solo e atingirem lençóis freáticos, rios e lagos. 

O resultado? Riscos no abastecimento de água potável, afetando diretamente a saúde da população e a vida marinha.

A má gestão de resíduos acarreta riscos significativos para a saúde humana. Locais de descarte inadequado de lixo, por exemplo, tornam-se propícios à proliferação de vetores como ratos, moscas e mosquitos, que transmitem doenças graves à população.

Ainda enfrentamos o mau cheiro, a poluição visual e o risco de inundações nas proximidades, além da desvalorização dos imóveis.

Por outro lado, a contaminação do solo favorece a erodibilidade da terra, que por sua vez resulta na perda de nutrientes, na redução de fertilidade e na produção de alimentos contaminados. Sem contar a ameaça à biodiversidade.

É importante lembrar que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), aproximadamente 95% dos alimentos que consumimos são provenientes do solo.

Leia aqui: Tudo que você precisa saber sobre gerenciamento de resíduos. 

Como combater a contaminação do solo?

Para combater a contaminação do solo, dois pontos importantes devem ser explorados e fortalecidos, que são: a conscientização e a despoluição.

Conscientização

A educação ambiental é o ponto de partida para a conscientização. Para isso, são necessárias iniciativas públicas e privadas que não apenas informem a população sobre os perigos do descarte inadequado de resíduos, mas que também instruam sobre as formas corretas de fazê-lo e incentivem a reciclagem.

Da mesma forma, é preciso orientar o setor da agricultura sobre o uso excessivo de agrotóxicos e fomentar a produção de insumos menos prejudiciais ambientalmente.

Também serão necessárias ações que cobrem da indústria mudanças de comportamento no consumo e no descarte de seus resíduos contaminantes e investimentos para o gerenciamento dos seus RSU.

Despoluição do solo

Já a despoluição envolve ações técnicas que restauram áreas degradadas, como, por exemplo:

  • remediação do solo, que consiste na limpeza ou remoção de contaminantes e poluentes das áreas degradadas,
  • o tratamento do chorume, 
  • o uso de plantas que absorvem poluentes (fitorremediação),
  • substituição do solo contaminado,
  • reintrodução da vegetação nativa e restauração da biodiversidade local.

Combater a contaminação do solo é proteger a vida. Conscientizar e recuperar são caminhos complementares e urgentes para garantir um futuro mais saudável e sustentável.

Agora que você sabe que a contaminação do solo coloca em risco toda a saúde e a vida ao seu redor e que evitá-la ajuda no equilíbrio dos ecossistemas, que tal continuar aqui no nosso blog e conhecer os diferentes tipos de poluição?

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